“Cardápio à mesa”
1
Cardápio posto à mesa
Em meio à enganação
O pleito que dividiu
Em duas partes a nação
O Brasil partido ao meio
O povo no escanteio
Até a nova eleição
2
Como peça no tabuleiro
O povo cai na armação
Uma jogada de mestre
Feita pelo alto esquadrão
Tira e bota quem quer
E o povo como mané
Perambula sem direção
3
Um cardápio recheado
Regala olhos do cliente
Chama lobos e amigos
A comida é atraente
As escolhas são feita
À esquerda fica a direita
A ranger os seus dentes
4
O alimento é servido
Cada prato em fatias
Esbugalham os olhos
Vendo tanta quantia
E a velha criatura
Pagando sua soltura
Cada um ali servia
5
Enfim tudo acabou
A conta já foi paga?
Nada disso amigo
Isto é uma praga
Que ressurge e germina
Impondo sua doutrina
Nunca mais se acaba
6
A divisão enfraqueceu
Cumbuca voto não viu
Internet buscou no céu
Voto de quem já subiu
Nos rabisco o golpista
Tirou nomes da lista
De quem não se aderiu
7
Uma vitória sem plateia
Não vi comemoração
Retomada do poder
Era a metade da nação??
Ou tudo isso é mentira?
O povo bota o povo tira?
Eu não entendi não!!!
8
Um Brasil verde e amarelo
Coisa linda de se vê
As ruas todas recheadas
Ali sim, vi o “Poder”??
Não! Não é verdade
Estes era só a metade
O resto foi se esconder
9
Uma dupla covardia
Escolher outro brasil
Dentro de um Brasil só
Sem as cores do anil
Quem ganhou não vibrou?
Quem vibrou não ganhou?
A divisão os sucumbiu
10
Perdi alguns contatos
A esperança também
Bloqueei algumas pessoas
Pois ofensas não convém
O 2023 é premonição
Pra quem tem convicção
O passado volta de trem
11
Um trem desgovernado
Sem saber onde vai parar
Pisando no agronegócio
Grandes danos pode causar
O mercado que emprega
Vai sofrer tanto esfrega
Muitas portas vão fechar
12
A desordem mostra a cara
Bem por debaixo do pano
A falsidade vende clareza
Escondendo o segundo plano
Registro aqui minha tristeza
Por saber que nossas riquezas
Está mão destes profanos
13
Queria plantar otimismo
Mas confesso não consigo
Desde o ultimo resultado
Me recolhi em meu abrigo
Caminhar nos caminhos
De quem planta espinho
Confesso que é castigo
14
Somos “gente que faz”
Nunca vamos desistir
Plantar nova semente
Esperar a roseira florir
Da roseira à esperança
Aumentar a confiança
Nosso Brasil reconstruir
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Se ainda tempo houver
Por aqui ainda estiver
Ao lado de minha mulher
Pegarei minha roçadeira
Irei cortando a podridão
Tirando de baixo do colchão
A sujeira da contravenção
De toda corte brasileira
No senado jogarei gasolina
Queimarei toda purpurina
Que esconde cada propina
Que esta casa maquiou
No congresso da covardia
O qual se fez que não ouvia
O clamor da voz que um dia
Por socorro na rua implorou
Neste congresso vou sapecar
As teia de aranha vou queimar
E se ainda a sujeira não acabar
Lançarei mão do maior vetor
Vou contratar o fiel Jhon Wick
Quem não votou se justifique
Para alta cúpula se explique
Digníssimo culpado eleitor
Por: Eneude de Barra Verde