Enêude Barra Verde - Poetizando saudade!
Voando na inspiração
Textos
Cordel - Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro!

I
Já estava bem na hora
Deste reconhecimento
A literatura de cordel
Tem todo merecimento
De receber este titulo
Seguindo em alto estilo
Faço os agradecimentos
II
Agradecendo ao IPHAN
Em nome dos cordelistas
Pelo reconhecimento
A esta classe de artistas
Ilustradores e editores
Folheteiros, declamadores
Xilogravadores, desenhistas
III
Ser patrimônio cultural
Esta arte que é milenar
Ganhará grande impulso
E pujança para caminhar
Nos caminhos da cultura
Nos cordéis com gravura
Pra o Brasil todo encantar
IV
Recebemos com alegria
Esta nobre titularidade
E se pudéssemos dividir
Esta nossa felicidade
Com os que já partiram
Com certeza eles diriam
Parabéns oh irmandade
V
E a riqueza desta cultura
Vem de tempo bem distante
Do famoso Cego Aderaldo
Cantador de voz exuberante
Cearense nascido em Crato
Era um cordelista nato
Dos tempos do barbante
VI
Foi Elias Alves de carvalho
Um poeta pernambucano
No Rio de Janeiro fez a obra
O ABC do corpo humano
De profissão era enfermeiro
Mas repentista e sanfoneiro
Nesta arte era soberano´
VII
Tantos outros in-memória
Que a historia já registrou
Expedito Sebastião da Silva
Que em Juazeiro aflorou
Fino na métrica e na rima
Tinha ali grande estima
Filho da terra à terra voltou
VIII
Apolônio um Paraibano
Arievaldo outro Cearense
Firmino Teixeira do Amaral
Um brilhante piauiense
Fazem parte da historia
E nas suas trajetórias
Tem romance e suspense
IX
Nem todos dão pra citar
Pois é imensa esta lista
E não posso deixar fora
Talvez o maior artista
É ele; Manoel Monteiro
Foi o último brasileiro
Em atividade cordelista
X
Fazendo breve resumo
Dos que a memória traz
Mestre Azulão e Manoel
Também ficaram pra trás
Silvino e Severino Milanês
Zé da Luz; mestre se fez
No céu convivem em paz
XII
Ao Patativa do Assaré
O cantador do povão
Faço aqui meu registro
Recheado de gratidão
Por ter usado a poesia
Pra falar das alegria
E tristezas do sertão
XIII
Mas a morte não mata
Quem a historia escreve
Fica vivo para o futuro
Sua memoria sobrevive
Espalhadas nos folhetos
Nos site e nos livretos
Nestes a arte se descreve
XIV
Em massa os cordelistas
São de origem nordestina
O berço dessa cultura
De outras nações vinda
E espalhou pelo Brasil
Feiras e classe estudantil
O cordel já contamina
X
Ao Gonçalo e Moreira
Membros da academia
Mestres dessa cultura
Pelo gênero já fazia
Quero a eles agradecer
Por ajudar fortalecer
Nossa notável poesia
XVI
Aos escritores anônimos
Que não estão nesta lista
Vocês também são poetas
Escritores e apologista
Pois esta arte milenar
É uma arte  popular
De autores cordelista
XVII
O cordel ganha alegria
Neste momento cabal
Tem autores que cria
Em ambiente natural
O importante é ter fé
Nossa cultura agora é
Patrimônio cultural

XVIII
Nesta estrofe termino
Esta humilde construção
Pra enriquecer esta obra
Peço a sua interação
Pois o intuito é resgatar
E ao cordel revigorar
Com a sua participação


                             

 Obrigago, Zé Roberto, pela nobre interação, muito grato pelas suas visita a meus escritos. Abraço amigo.
  
“Diria, então Zé Limeira
Cordel bom mermo, é o que fez
O velho José Anchieta
Nascido de sete mês
Cordel virô patrimônio
Viva o santo santantônio
Quem tem razão é o freguês
"

 
 



 
Eneude Barra Verde
Enviado por Eneude Barra Verde em 23/09/2018
Alterado em 23/09/2018
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