“China ataca o Brasil”! Calma não é bem assim! Os chineses sim, descobrem no Brasil, terras férteis para uma investida em negócios nos mais variados setores de mercado brasileiro. É preocupante? De imediato não, no meu ponto de vista, mas a longo prazo sim; existe uma preocupação; nós não falamos o "mandarim".
Se faz necessário voltar ao passado, relembrando algumas investidas de chineses no Brasil. A primeira, há mais de dois séculos, ocorreu por um convite de Dom João VI para que camponeses de Macau viessem plantar chá em terras brasileiras. A segunda foi de capitalistas chineses que fugiram do regime comunista de Mao Tsé-tung, no fim da década de 40. A Terceira começou vinte anos depois, quando centenas de familiares abandonaram a china para escapar da miséria e se tornaram pequenos comerciantes no Brasil. Muito diferente das anteriores, a atual onda migratória é composta de executivos de grandes corporações, jovens engenheiros e empreendedores que desembarcam no solo brasileiro para fazer negócios.
A china tem experiência em magnitude, a parti da sua própria população, que em 2017 atingiu a 1,390 milhões de habitantes; nascidos em 2017 foram 17,23 milhões com 9,86 milhões de óbitos, tendo um acréscimo populacional de 7,37 milhões de pessoas, mantendo-se como país mais populoso do planeta (descoberto). Além; temos o colossal Canal da China, construído no ano 605 com 1.794 km de extensão é o maior e mais antigo do mundo. A gigantesca Muralha da China construída para proteger os Estados e impérios chineses contra ataques dos vários grupos nômades das estepes da Eurásia. Suas construções iniciaram no séculos VII a.C. A última pesquisa arqueológica descobriu que toda a muralha, com todos os seus ramos mede 21.196 km. Dos tempos atuais vou citar apenas uma pesquisa da TDC Trade, segundo ela a China é responsável de 75% dos relógios, 50% das câmaras digitais, 42% dos monitores e 35% dos celulares fabricados no mundo. Nisso inclui os produtos originais que temos em casa.
São marcas opulentas, que me leva a pensar que eles fazem tudo o que querem e do tamanho que se proponham, arriscam e concluem. No nosso Brasil o que eles podem fazer que possa nos favorecer também, além deles claro. No mundo todo em 2016 eles investiram 183 bilhões de dólares, no Brasil em 2017 investiram 10,7 bilhões de dólares, o país que mais investiu no Brasil ficando o Canadá em segundo lugar com 5,60 bilhões de dólares. Eles já investiram nos seguimentos de Energia elétrica, (CPFL –SP, hidrelétricas-GO, PR, ), setor industrial de maquinas pesadas veículos e serviços telecomunicações, intensivos agrícolas, sementes, aplicativos para transportes e outros tantos em vários estados brasileiros inclusive com projeto para lançar cabos submarino de fibra óptica que ligará Fortaleza(Brasil) a Camarões (África).
Duvida deles? Não! É meu posicionamento, pois além de tantas áreas de investimentos já atuando, vão pegar pesado no ramo do agronegócio, por enquanto estão investindo no seguimento de grãos, sementes e logística, mas andam de olhinhos bem abertos às diretrizes do governo federal no que se refere a aquisição de terras brasileiras. Pela legislação atual uma pessoa física ou jurídica estrangeira só pode adquirir no máximo 25% da área de um município restringindo a 10% por estrangeiros de um mesmo país. E é bom lembrar que corre na Câmara Federal um projeto de lei para liberar a venda de terras para estrangeiros.
Será bom essa investida? Sim, assim eu penso, pois passamos por um período critico em nosso querido Brasil, economia fragilizada, educação, segurança e saúde deplorável, politica em desordem total e por fim nossas instituições em estado de incredibilidade. A magistratura recebendo ataques, sem analisar o mérito de sua razão, penso que é desrespeito atacar uma corte a menos que ela esteja em estado de desobediência do que prisma a Justiça. Com isso tudo os investimentos estrangeiros caem numa boa hora.
Onde eles querem chegar? Isso me preocupa e muito, pois num país frágil como estamos os negócios costumam ser mais rentáveis para quem possui o capital é como uma empresa que passa por dificuldade financeira, o vendedor querendo vender a todo custo e o comprador querendo comprar pelo menor custo, aí é pão com mel é negocio fechado. Bom! Mas se eles começarem a produzir grãos? que é a sua maior necessidade de consumo hoje! E eles precisam alimentar seu povo que aumenta 7,37 milhões por ano. Pensando assim imaginei eles assumindo o comando da produção de grãos no Brasil, a logística (que já atuam em varias regiões), intensivos agrícolas, portos aeroportos (já tem negócios), produzindo sua própria energia e assim conseguiriam dominar nossa maior cadeia de produção; a de grãos. Nosso alimento e alimento para o mundo. Como ficaríamos?
Neste ano teremos a inoxidável eleição para presidente e outros cargos que recuso-me citar, mas em fim quem estará preparado para assumir o comando desse barco desgovernado? Meu medo maior é que entre um oportunista aprendiz que leve nosso barquinho para o fundo das aguas chinesas.
É bom refletir; sobretudo, não sabemos falar a linguagem da honestidade, da moral, do respeito, do patriotismo! como iriamos aprender falar mandarim!
Fontes: site da exame, revista veja edição; 2568 7/fev/2018.